quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Semana Pedagógica


Oficinas

Cultura  Afro

No inicio da oficina foram apresentados alguns personagens populares da história dos negros no Brasil como: Zumbi dos Palmares, Chica da Silva, Cartola, entre outros.
As meninas falaram também sobre o Museu afro brasileiro localizado em São Paulo que guarda um acervo com mais de cinco mil obras dos universos culturais africanos e afro-brasileiros.
Na segunda parte da oficina aprendemos a confeccionar máscaras africanas e a Abayomi, símbolo de resistência e tradição feminina. Essas bonecas eram feitas pelas africanas nos navios quando eram transportadas para o Brasil para serem escravizadas. As mulheres rasgavam retalhos de suas saias e faziam as bonecas que serviam como amuleto de proteção.
Ao final foi realizada uma roda de conversa falando sobre a importância da valorização da cultura afro nas escolas e em seguida degustamos um lanche com algumas guloseimas tradicionais africanas.


Sensações

Foram realizadas algumas atividades nas quais o objetivo estimular sensações visuais, auditivas, olfativas, sensitivas.
Sentimos e tentamos identificar diferentes aromas, ouvimos alguns sons, experimentamos o doce, o salgado, o azedo e o amargo e apalpamos alguns objetos dentro de uma caixa tentando adivinhar o que era.
A parte mais divertida foi quando recebemos uma pedra de gelo gigante e cavoucamos  encontrando alguns objetos.
A oficina foi muito interessante e divertida e no final ainda ganhamos um geladinho para saborear e lembrar dos tempos de infância.


Alimentação saudável

Ao chegarmos já de inicio recebemos um lanche. Um salgadinho industrializado e um suco daqueles de pacotinho. O que causou certo estranhamento, pois o lanche não parecia nada saudável.
Em seguida assistimos uma entrevista que tratava sobre reeducação alimentar, e aprendemos um pouco sobre as hortas e até plantamos uma mudinha de rúcula e recebemos um livro.
Por último fomos convidados para irmos até a cozinha onde aprendemos a receita de um pão de espinafre, patê de alface e suco de limão. Depois montamos nossos próprios sanduíches e experimentamos.
Participar desta oficina foi muito proveitoso e relevante, pois se alimentar de forma saudável é um habito que deve ser adquirido por todos. E o quanto mais cedo se aprende, melhor.



Estágio - Pedagogia Não-Escolar - Projeto



Projeto

Hoje foi dia de aplicar nosso projeto de estágio cujo tema é: “O esporte como veículo para o fortalecimento afetivo entre dependentes químicos em tratamento e a equipe de apoio”.
Montamos times mistos, com as estagiárias, os residentes e a equipe de apoio e jogamos vôlei e futebol. Foi bem divertido.
Depois do jogo fizemos um café da tarde onde todos confraternizaram e em seguida fizemos uma roda de conversa, entregamos algumas lembrancinhas que preparamos para eles e agradecemos por nos receberem tão bem e por todo aprendizado que nos proporcionaram durante o tempo de estágio.

O mais gratificante foi ver a alegria nos rostos de todos, e perceber que éramos bem vindas ali. Um dos meninos até comentou que aquele sábado tinha sido o mais divertido de todos desde que chegou na comunidade terapêutica. Saímos com a sensação de missão cumprida e o desejo de voltar mais vezes.





Estágio - Pedagogia Não-Escolar - Familias



Encontro das famílias

Desta vez o encontro foi com as famílias dos residentes em tratamento contra a dependência química, onde aconteceu uma roda de conversa e uma dinâmica intermediada pela psicóloga da comunidade terapêutica.
Foi possível conhecer um pouquinho da história de cada um deles através dos relatos de seus familiares. Algumas mães fizeram desabafos emocionados sobre o tempo em que seus filhos estavam sob o domínio das drogas, da alegria de os verem se tratando e também do medo de uma recaída e do dia que terão que voltar para suas casas.
A partir dessa experiência foi possível perceber o quanto a participação da família é importante no processo de recuperação dos residentes. Más infelizmente nem todos tem esse privilégio, pois muitas das famílias acabam desistindo por não terem mais forças para lutar contra o vicio de seus filhos.
Ao final fomos recebidas pela psicóloga que nos explicou um pouco sobre a dependência química e sobre o processo de tratamento na comunidade terapêutica e a importância da participação da família no tratamento dos residentes.



“A família tem um papel de destaque no processo de recuperação do dependente, buscando impedir que o problema avance e auxiliando no tratamento mais adequado para a situação. Em alguns casos, isto torna-se particularmente difícil pela fragilidade com que todos os seus membros chegam a este ponto”. (LOPES, 1996, p. 78)

Estágio - Pedagogia Não-Escolar - Acampamento


Acampamento 

O acampamento foi com os adolescentes do contra turno da fundação. 
Logo que chegamos conhecemos os alunos, a equipe pedagógica e o Gilberto, técnico em meio ambiente, crescido na fundação. Ele foi quem nos levou para fazer uma trilha e nos guiou pela mata nos ensinando muito sobre as árvores e plantas e a importância de preservar e não arrancar uma folha se quer, nem tirar uma formiguinha do lugar em que está para não alterar em nada o meio ambiente.  Foi incrível! Os adolescentes pareciam já estar bem acostumados e conhecer muito bem os caminhos da mata.
No segundo dia de acampamento aconteceram varias brincadeiras, gincana e vôlei. E de almoço um churrasco delicioso. Depois fomos até uma pequena cachoeira próxima dalí onde os meninos brincaram e até molharam as canelas na água gelada.  O melhor foi ver a alegria deles e a tentativa de jogar o professor na água. Demos muitas risadas.
Ao final do dia realizamos uma dinâmica de despedida, formando uma roda gigante e entoando uma canção que dizia:
“No meu jardim tem uma roseira
Que brota rosas no mês de maio
Entrai na roda linda roseira
Fazei careta a quem não gostai
E abraçai a quem gosta mais..”
E a roda canção só terminou depois que todos tinham se abraçado.


“Os acampamentos contribuem muito para a formação de crianças e jovens, trabalhando a independência, a autoconfiança, a vida em comunidade, a capacidade de comunicação e habilidades esportivas e culturais entre outras tantas coisas.” (ABAE, 2002).

Estágio - Pedagogia Não-Escolar - Preparativos


Festa da Semente Crioula

E neste dia aconteceu então a esperada festa.
Estava tudo lindo. Teve musica, partilha de alimentos e a mística da ameaça e a defesa da mãe terra.  Tudo enfeitado com flores e as mesas onde cada produtor expôs sua semente num segundo momento encheram-se de alimentos trazidos pelos participantes, os quais foram partilhados por todos os presentes.
Também foram expostos alguns artesanatos feitos pelas crianças e pelos residentes da comunidade terapêutica. Tudo confeccionado com diversos tipos de sementes.

Foi uma experiência nova e rica conhecer uma festa com uma proposta tão bacana, de teor político e sagrado e de compromisso com a preservação, multiplicação e partilha das sementes. 





Estágio - Pedagogia Não-Escolar - Festa



Preparativos para festa da semente


Este foi o dia ajudar nos preparativos para a “Festa da Semente Crioula”.
Ao chegarmos recebemos as orientações da Ines, coordenadora da Ong, quanto a decoração da sede para o dia seguinte.
Penduramos Cartazes, fizemos arranjos de flores, arrumamos as mesas. Ficou tudo muito bonito.

A festa da semente tem como propósito aproximar produtores e consumidores de alimentos seguros na defesa da semente crioula. 
Nos sentimos muito úteis e recompensadas por ter a oportunidade de contribuir para a realização de um trabalho tão bonito.




Estágio - Pedagogia Não-Escolar - 1° Dia


Primeiro dia de estágio

Ao chegarmos na fundação  fomos muito bem recepcionadas e apresentadas a fundadora da ONG, que nos contou um pouco como foi sua jornada para conseguir realizar este trabalho que a fundação oferece hoje.
Ela começa nos dizendo do sonho que tinha junto com um grupo de amigos brasileiros e suíços de  ajudar ao próximo. Então em 1979, o grupo começou a atender crianças de famílias carentes no barracão da igreja de Mandirituba. Ela relata que no mesmo ano  surgiu a associação que hoje é uma fundação social. Também nos falou sobre as casas lares que foram construídas para abrigar crianças abandonadas pela família, mais que devido ao surgimento de novas leis  não foi mais possível realizar este trabalho, mas com o passar do tempo ela começou a apoiar a agricultura familiar e ecológica que hoje é uma horta comunitária que  é cuidada pelos alunos de contra turno e os residentes da comunidade terapêutica.
Após conversarmos com a  fundadora fomos conhecer a fundação, e ficamos encantadas com o lugar. Conhecemos primeiro as salas as quais cada uma recebeu um nome de algum animal  de acordo com a escolha das crianças. Logo em seguida conhecemos a biblioteca, a brinquedoteca , a horta cultivada pelas crianças e enfim a comunidade terapêutica, onde moram os residentes que estão em tratamento contra a dependência química.









Estágio - Pedagogia Não-Escolar - Caracterização



Caracterização da instituição

-  Uma instituição com personalidade jurídica de direito privado;
- Fundada com objetivo de ser a principal parceira e mantenedora dos projetos desenvolvidos pela Associação Brasileira de Amparo a Infância e com a missão de construir, em rede, caminhos dignos de vida por meio de programas em Agroecologia, Educação Infanto-juvenil e Comunidade Terapêutica;
- Conta com um Centro de Educação Infantil e Comunidade terapêutica;
- Foi fundada em 2006 por iniciativa da fundadora da Associação Brasileira de Amparo a Infância (ABAI);
- O Centro de Educação Infantil funciona nos períodos da manhã e da tarde e promove a integração socioambiental de crianças e adolescentes de 05 a 15 anos, em situação de vulnerabilidade social a partir de ações socioeducativas que propiciam a convivência e fortalecimento de vínculos. Oferece também oficina de educação ambiental, acompanhamento com as famílias; a partir do vínculo afetivo são realizados trabalhos de apoio e orientação familiar;
- A Comunidade Terapêutica tem capacidade para atender 25 residentes do sexo masculino, com idade entre 28 e 55 anos, que já passaram que já passaram pela desintoxicação em locais especializados. A proposta de trabalho da casa acolhida inclui: participação nas atividades internas da comunidade (hortas, criação de animais, cozinha, restaurante, marcenaria, etc); oficinas de orientação profissional; atividades de cultura e lazer, espaços e momentos de convivência e relações  sociais; atividades de espiritualidade e autoajuda; visitas mensais e grupos com familiares; meditação e reflexão diária; atividades desportivas e de lazer; atividades culturais;
- A equipe de profissionais da comunidade terapêutica conta com: coordenador, assistente social, arteterapeuta, instrutor de marcenaria, psicólogo, Terapeuta ocupacional, orientadores, técnico administrativo, cozinheira, auxiliar de serviços gerais.



Entrevista com Gilberto Silva

-Tempo de trabalho na instituição:
Vinte e seis anos.
- Forma de ingresso:
Chegou na fundação aos treze anos de idade trazido pela fundadora da ONG, pois se encontrava em situação de abandono.
- Formação acadêmica:
Técnico em meio ambiente.
- Principal atividade desenvolvida da instituição:
Educador Ambiental.

- Tipos de atividade que realiza:
Realiza trabalho de educação ambiental com as crianças, tem um programa de rádio onde fala sobre meio ambiente e trabalha como voluntário no restaurante da ONG.
- Nível de satisfação:
Sente-se realizado por poder ensinar aquilo que aprendeu
- Principais dificuldades:
- Relação com a comunidade:

Equipe da Comunidade Terapêutica:
Heidi R Wyss– Coordenadora Geral.
Tatiane Lima– Assistente Social.
Erik Aastrup – Assistente de coordenação.
Alessandra N. S. Marques – Terapeuta Ocupacional.