segunda-feira, 16 de maio de 2016

Estagio - Gestão Educacional - Oficinas


PLANO DE OFICINA DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA - ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA DOCÊNCIA EM FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Oficineiras: Elesandra Silva dos Santos, Luana Pontes Vieira, Maira de Souza Brito, Thais Ribeiro e Tatyele Veronese Bielert.
Datas: 18,19,20/04/2016 Público: 1º - 4º Períodos Curso de Pedagogia Turno: noturno
Tema da Oficina:
Polônia: Conto do Dragão
Duração:45 minutos
Objetivos Específicos:
- Apresentar o histórico da Polônia.
- Ampliar o repertório literário, através do conto.
- Apreciação e valorização da leitura
- Representar o conto por meio de escultura com massa de modelar

Atividades propostas/Estratégias:

* APRESENTAÇÃO DO GRUPO E DO TEMA: Iremos recepcionar os alunos com um vídeo, com música da Polônia: https://youtu.be/nBdsUM4iSPs de fundo ( nesse vídeo mostra imagens da história da colonização da Polônia no Brasil , assim enquanto aguardamos o momento para o início da oficina , os participantes já vão entrando no clima e obtendo conhecimento sobre a Polônia), em seguida faremos apresentação do grupo e apresentar quais serão as propostas do trabalho. Estaremos vestidas com roupa toda preta e com a bandeira do país no peito, o cabelo com fitas coloridas.

* SENSIBILIZAÇÃO/MOBILIZAÇÃO:
Apresentaremos o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Rg1MMZwgqYs

Mostrando a dança e a música da Polônia. Em seguida será apresentado através de imagens algumas curiosidades culturais do pais como: dança, festas e comidas típicas
( deixaremos um canto especifico na sala , já preparado com as imagens).
http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/turismo/musica-e-danca-na-mala-para-a-polonia/ http://wesolydom.blogspot.com.br/2013/07/ognisko-comemoracao-tradicional-polonesa.html
https://estudandonapolonia.wordpress.com/2013/11/24/o-que-se-come-na-polonia/

* PROVOCAÇÃO/CONTEXTUALIZAÇÃO:

Para contextualizar a história da Polônia, iniciaremos com um vídeo ilustrativo, onde faremos uma narração juntamente com o vídeo, para que as alunas tenham conhecimento prévio do país.
Video : https://youtu.be/O15o3F32XNQ

Texto narrado :

História da Polónia
Origem
A Polónia foi fundada em meados do século X, pela dinastia Pias. No século XII fragmentou-se em diversos Estados menores, que foram posteriormente devastados pelos exércitos mongóis da Horda Dourada. Em 1320, Ladislau I tornou-se rei de uma Polónia reunificada.

Idade do ouro:
Sob a dinastia Jaguelônica, a Polónia forjou uma aliança com seu vizinho, o Grão-Ducado da Lituânia. Começou então, após a União de Lublin, uma idade do ouro que se estendeu ao longo do século XVI e que deu origem à Comunidade Polaco-Lituana.

As partilhas da Polónia:
Em meados do século XVII, uma invasão sueca (o chamado "Dilúvio") e a revolta cossaca de Chmielnicki, que devastaram o país, marcaram o final da idade do ouro. A gradual deterioração da Comunidade, que passou de potência europeia a uma situação de quase anarquia controlada pelos vizinhos, foi marcada por diversas guerras contra a Rússia e pela ineficiência
governamental causada pelo Liberum Veto (segundo o qual cada um dos membros do parlamento tinha o direito de dissolvê-lo e de vetar projetos de lei). As tentativas de reformas foram frustradas pelas três partilhas da Polónia, que condenaram o país a desaparecer do mapa e seu território a ser dividido entre Rússia, Prússia e Áustria.
Os polacos ressentiram-se desta situação e rebelaram-se em diversas ocasiões contra as potências que partilharam o país, em especial no século XIX. Em 1807, Napoleão reestabeleceu um Estado polaco, o Ducado de Varsóvia, mas em 1815, após as guerras napoleônicas, o Congresso de Viena tornou a partilhar o país.

A reconstituição da Polónia:
Durante a Primeira Guerra Mundial, os Aliados concordaram em restabelecer a Polónia, conforme o ponto 13 dos Catorze Pontos do presidente norte-americano Woodrow Wilson. Pouco depois da rendição alemã de novembro de 1918, a Polónia recuperou sua independência, numa fase histórica conhecida como "Segunda República Polaca". O golpe de maio de 1926, por Józef Pilsudski, entregou as rédeas da república polaca ao movimento Sanacja (uma coalizão em busca da "limpeza moral" da política do país). Este movimento controlou a Polónia até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, quando tropas nazistas e soviéticas invadiram o país.
De todos os países envolvidos na guerra, a Polónia foi o que mais perdeu em vidas, proporcionalmente à população total. O país foi um dos que mais sofreu com o Holocausto nazista.

A Polónia comunista do pós-guerra:
A União Soviética instituiu um novo governo comunista na Polónia, o que levou a um alinhamento militar com o Pacto de Varsóvia ao longo da Guerra Fria. Em 1948, instalou-se um regime totalitário de molde estalinista. A República Popular da Polónia foi oficialmente proclamada em 1952. Em 1956, o regime de Wladyslaw Gomulka tornou-se temporariamente mais liberal, ao libertar diversas pessoas da prisão e aumentar algumas liberdades individuais, situação que se repetiu nos anos 1970 com Edward Gierek, embora persistisse a perseguição contra a oposição aos comunistas.
As agitações trabalhistas de 1980 levou à formação do sindicato independente "Solidariedade" que, com o tempo, tornou-se uma força política. Em 1989, venceu as eleições parlamentares. O movimento Solidariedade prenunciou o colapso do comunismo na Europa Oriental.

A Polónia pós-comunista:
Um programa econômico de choque conduzido por Leszek Balcerowicz no início dos anos 1990 dotou o país de uma economia de mercado. Apesar de retrocessos temporários em índices
sociais e econômicos, a Polónia foi o primeiro país pós-comunista a atingir o seu nível de PIB pré-1989. Os direitos individuais foram ampliados, como a liberdade de expressão. Em 1991, a Polónia tornou-se membro do Grupo de Visegrád; em 1999, da OTAN, juntamente com a República Checa e a Hungria. A Polónia aderiu à União Europeia em 1 de maio de 2004.
Referência: http://www.culturapolonesasp.com.br/index.php/site-map

Em seguida faremos a leitura do conto do Dragão, utilizando uma caixa com objetos para representar os personagens da história.

Dragão Wawel

Há muito, muito tempo atrás, em Cracóvia reinava o sábio rei Krak. O povo vivia em paz e com abundância até que na caverna ao pé de Wawel apareceu um dragão. A besta pavorosa de sete cabeças todos os dias raptava ovelhas e cabras, não menosprezando também as aves domésticas. Não passou muito tempo até que no burgo não houvesse nenhum animal, mas o dragão continuava exigir mais comida.
“Temos de sacrificar as pessoas?” – perguntavam todos com medo. O rei ordenou que se anunciasse, que quem vencer a besta receberá a metade do reino. De todos os lados vinham os audazes aferrolhados em armaduras, em cima dos magníficos cavalos.
Mas bastava que o dragão bufasse chamas de uma das suas cabeças e era mais um cavaleiro que desaparecia em fedorentas chamas, as quais ninguém conseguia apagar.
Estas lutas mortais foram seguidas por um sapateiro que no fim dirigiu-se ao rei:
- Não sou nenhum cavaleiro, mas um homem simples e vou vencer o dragão – disse, quando finalmente foi admitido diante do soberano.
- Tu? Um simples sapateiro? – estranhou o rei Krak – Já morreram muitos excelentes guerreiros, mas se quiseres enfrentar o monstro, dou-te a minha permissão.
Ninguém acreditava que o sapateiro pudesse sobreviver. Os seus vizinhos e amigos aconselharam-no a desistir dessa ideia.
No dia seguinte, o sapateiro foi à aldeia vizinha, onde comprou um borrego. Depois abriu-lhe a barriga, encheu-a com enxofre e alcatrão, e no fim coseu-a perfeitamente com linhol.
De madrugada, deixou a “gulodice” que tinha preparado à entrada da caverna.
O apetitoso cheiro do borrego acordou o dragão, que, com apenas uma dentada, engoliu o animal inteiro.
Mas o que é que é isto? O dragão sentiu uma dor horrível – o enxofre e o alcatrão comecaram a queimá-lo por dentro. Inclinou-se, então, em frente do rio e começou a beber. Bebeu, bebeu, bebeu, até que a sua barriga se encheu como um balão, e explodiu com um grande estrondo.
A multidão, feliz, levou o sapateiro – salvador em ombros para junto do rei. O rei Krak recompensou-o generosamente, mas o sapateiro não abandonou a sua profissão. Durante muitos mais anos fabricou sapatos indestrutíveis, feitos de couro do Dragão.

Objetos para representar a historia:

Krak- rei coroa (papel)
Caverna - pedra
Wawel- dragão - mascara
Ovelhas - algodão
Cabras-- não decidimos
Cavalos -- não decidimos
Cavaleiro-sapateiro - sapato
Chamas do dragão – isqueiro
Guerreiro - colher
Barriga do dragão – bexiga
Burro – um pedaço de pano amarrado

* ATIVIDADES DO GRUPO/PRODUÇÃO:
Ao final da cotação, vamos organizar a turma em pequenos grupos ( a sala já estará organizada), com música da Polônia em seguida faremos a distribuição de massa de modelar para que os alunos representem através de uma escultura o personagem que mais gostou do conto. Após faremos uma exposição com as esculturas feitas pelas alunas.

* COMENTÁRIOS

Ao finalizar a pratica, faremos um momento de reflexão sobre a importância de conhecer novas culturas e estimular a contação de história dentro do âmbito escolar. Agradeceremos pela participação de todos, questionaremos se ficou alguma dúvida, entregaremos como lembrança uma marca páginas com a foto de um dragão (referente ao conto). Indicaremos o livro em que tiramos o conto.

Recursos: Vídeo, texto, massa de modelar, imagens impressas, música, caixa com objetos para ilustrar a contação,

Referências:
WIERZCHOWSKI Leticia. O dragão de Wawel e outras lendas polonesas.

Quando recebemos a tarefa de realizar esta oficina, ficamos um tanto preocupadas. Tivemos receio de não conseguirmos nenhum material apropriado para o tema. Mas na medida que começamos a pesquisar logo encontramos um conto polonês bem interessante: " O conto do Dragão", e logo percebemos e decidimos que seria aquele mesmo que iriamos trabalhar.
Encontramos alguma dificuldade também no momento de elaborar o plano de oficina, mas depois de tirarmos algumas duvidas com o professor as coisas foram clareando, nos reunimos e enfim conseguimos concluir e dividir as tarefas. Cada uma ficaria responsável por providenciar uma parte do material necessário para realizarmos a oficina.


Prática de Oficinas:

Muita apreensão nos dias que antecederam as apresentações das oficinas. A preocupação de que não saísse exatamente como planejamos, e claro que na hora realmente não saiu minuciosamente como imaginamos. Um deslise ou outro na hora do conto, aquela leve gaguejada no momento da leitura do texto, a correria pra conseguir deixar tudo organizado para o início da oficina, a falta de planejamento para uma maior economia das massinhas de modelar. Más ao meu ver conseguimos obter um resultado satisfatório, pois prendemos a atenção dos participantes que pareciam estar se divertindo, principalmente no momento da contação, feita pela Tatyele (leitura do conto) e Luana (manipulação dos objetos). Depois, quando entregamos as massinhas, o pessoal se mostrou empenhado em esculpir o personagem que mais gostou na história. E saíram esculturas bem legais! E para nossa alegria, as massinhas foram o suficiente para os três dias de oficina!
No sábado do dia 14/05 ministramos a oficina para as alunas do curso de formação de docentes do IEPPEP e desta vez os resultados superaram nossas expectativas. As duas turmas foram igualmente participativas. Demonstraram bastante interesse pelas atividades propostas e expressaram suas idéias com bastante entusiasmo. A troca foi bem interessante e nos ajudou a confirmar o quanto a prática é importante para nos ajudar a melhorar a cada dia. Foi muito bom perceber nossa evolução das primeiras oficinas para estas ultimas.
Se tiraríamos ou acrescentaríamos algo? Sim. Talvez diminuir um pouco o texto sobre a história da Polônia e levar alguma atividade que fizesse com que os participantes se movimentassem, como uma dança tradicional polonesa, por exemplo. Más o mais importante é o que aprendemos com a realização desta oficina. Desde as pesquisas que nos permitiu conhecer um pouco sobre a cultura de um outro país, a prática que possibilitou compartilhar os conhecimentos adquiridos, com outros alunos do curso de Pedagogia. 
No final das contas, deu tudo certo e foi enriquecedor.


Abaixo: algumas fotos e o vídeo do Conto










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