terça-feira, 26 de maio de 2015

Estágio Eja - Caracterização 21/05/2015


Caracterização da Escola

Níveis de ensino:

Educação básica com o ensino fundamental de 1º a 9º ano e a partir de 2010, de acordo com a Lei Federal nº 11274/06 e Resolução nº 03/05 – CNE, Ensino Fundamental de 9 anos.

Modalidades:
- Regular, no diurno
- Educação de jovens e adultos (EJA), no noturno
- Classe especial e sala de recursos, no diurno.

Caracterização da clientela escolar:

A maioria de sua clientela é composta por alunos do bairro e vizinhanças.
Nossa escola conta com 1500 alunos, 106 professores, 14 funcionários, 7 secretários, 1 Diretora, 2 Vice-Diretoras, 1 Coordenadora-Administrativa, Pedagogas e 1 guarda- municipal. Dispõe de serventes e cantineiras através de serviço terceirizado.

Articulação da instituição com a comunidade:

- A escola constitui-se de uma organização formada por pessoas com diferentes papéis, que interagem entre si;
- Tem a função de promover a melhoria de sua comunidade pela educação de seus filhos;
- O aluno é o principal elemento da escola, a qual existe em função dele;
- O professor, com suas atitudes, práticas, desempenhos, promove um impacto significativo no educando influindo na imagem que a escola forma em aspectos particulares de sua aprendizagem;
- A escola é atenta a diversidade da população atendida;
- A escola se empenhará em se ajustar às necessidades de nossa clientela, eliminando barreiras, quaisquer que sejam as suas condições físicas, sociais, linguísticas;
- procurar estar sempre preparada para adaptar-se às novas situações que surgirão no interior da sala de aula.
- O relacionamento entre escola e comunidade será intensificado através de vários eventos: reuniões, atividades festivas, conversas informais, palestras, participação da APPF, Conselho de Escola e Conselho de Classe para minimizar problemas disciplinares, relacionamento e socialização e será utilizado o Regimento Escolar para a aplicação das medidas disciplinares, caso haja necessidade.


Caracterização da comunidade

Para caracterizar com fidelidade a comunidade e clientela escolar foi realizada uma pesquisa sócio econômica familiar através de questionário respondido pelos pais e/ou responsáveis dos alunos. Os resultados dessa pesquisa encontram-se nos gráficos dos ANEXOS do presente documento e a análise dos dados permite o parecer que segue:
A formação escolar dos pais deste Estabelecimento de Ensino é predominantemente com Ensino Médio e das mães, o Ensino Fundamental, sendo  menor o número de pais e mães analfabetos.
O número de pais e mães empregados no comércio é grande, bem como na indústria. É significativo o número de desempregados.
A renda familiar situa-se, na maioria, de 1 a 3 salários mínimos, cabendo a mesma ao  pai e a mãe em conjunto.
A maioria das crianças mora nas proximidades da escola em casa própria da família e vêm a pé para chegar às aulas. Uma parcela significativa mora em outros bairros e utiliza o transporte escolar para o acesso à escola.
Quanto ao lazer praticado pela família predominam a televisão e os passeios. Já a leitura é feita em jornais, livros, revistas e Bíblia.
O Serviço de Saúde Pública é o mais utilizado para atender às famílias, sendo poucos os convênios empresariais e particulares.
A integração entre família e escola é importante havendo muitas vezes participação nas atividades e reuniões promovidas pela escola. Sendo que estas são de grande utilidade para compreender como é o aproveitamento escolar  de seus filhos e como se dá o trabalho docente.
Ainda de acordo com a pesquisa, os pais solicitam maior segurança na escola, gostariam que a escola tivesse também o Ensino Médio, mais inspetores, e aulas extra-classe de judô, culinária, boas maneiras, técnicas comerciais e outras atividades. A manutenção física da escola merece maior atenção


Proposta pedagógica:

Partindo do princípio de que a educação de adultos pode e deve estender-se por toda a vida, torna-se necessário a escola assumir o pressuposto de que a missão do professor é ajudá-los a conscientizar-se de que a aprendizagem é um processo que pode desdobrar-se por todo o decorrer de uma existência. Mais ainda, devemos fazer com que o aluno  adulto compreenda que é capaz o bastante para adquirir hábitos e habilidades que possam levá-los a uma aprendizagem auto- dirigida,  que satisfaça as suas necessidades e o torne mais apto e capaz para a execução dos papéis que deve desempenhar nas diversas fases por que passa.
Na Educação de Jovens e Adultos, os princípios fundamentais explorados são:

a)    Educação para o desenvolvimento sustentável:
·         Democratizar o conhecimento científico e as tecnologias;
·         Proporcionar uma vida saudável para todos os seres vivos.

b)    Educação para a filosofia:
·         Incentivar o diálogo investigativo;
·         Promover maior interação entre o aprendente e o aprendiz;
·         Trabalhar a Educação pela paz.

c)    Gestão democrática do processo pedagógico:
·         Proporcionar vivência de práticas e de valores, visando um  maior respeito à diversidade;

·         Estabelecer  relações de cooperação e participação consciente do cidadão.

Estágio EJA - 20/05/2015


Observação e assistência
Apesar do estágio na modalidade de EJA ter sido curto trouxe grandes contribuições para a reflexão sobre a ação profissional.
Foi possível perceber que os alunos desta modalidade buscam a escola para promover seu desenvolvimento pessoal e profissional e esta é uma decisão que envolve muitos obstáculos, pois esses alunos pertencem a uma classe de baixo poder aquisitivo e muitas vezes acabam deixando a escola devido as inúmeras dificuldades encontradas pelo caminho.
Na sala de aula de Educação de jovens e adultos evidenciou-se atitudes de timidez e insegurança. Neste sentido o papel do professor é fundamental para motivar os alunos evitando novo fracasso escolar, criando um ambiente satisfatório, acolhedor, repleto de curiosidades e novas experiências, para assim garantir a permanência desses alunos na escola.


Abaixo um link da revsita nova escola sobre evasão escolar na educação de joves e adultos:
http://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/2014/03/05/desmotivacao-e-evasao-o-que-fazer-para-incentivar-jovens-e-adultos/

Estagio EJA - 19/05/2015



Observação e assistência

A professora se mostrou bastante receptiva e compreensiva em relação a presença das estagiárias na sala de aula e demonstrou interesse pelo trabalho que estava sendo realizado dando algumas informações sobre os alunos, sempre pronta a prestar esclarecimentos sobre a turma e apontando a melhor forma auxiliar esses alunos. Os mesmos tiveram também reação positiva demonstrando um enorme respeito e até uma certa gratidão pelo auxílio prestado pelas estagiárias. Foi gratificante poder contribuir de alguma forma, mesmo que por pouco tempo.

Segue artigo: Uma análise reflexiva sobre Estágio em EJA.
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1940043



Estágio EJA - 18/05/2015

Observação e assistência

Neste tempo de convivência com os alunos da EJA foi possível notar um bom relacionamento entre os mesmos. Quando a professora não pode auxiliar cada um individualmente, eles se ajudam entre sí. Os que já possuem maior domínio sobre leitura e escrita ajudam aqueles com maiores dificuldades.
Pode-se perceber os diferentes perfis dos alunos. Alguns um pouco desmotivados diante das dificuldades em assimilar os conteúdos e outros com mais dificuldades ainda porém extremamente esforçados e persistentes.

Segue abaixo vídeo sobre a história da educação de jovens e adultos no brasil:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=13746

Estágio EJA - 14/05/2015



 Observação e assistência


Na aula de hoje a professora trabalhou a leitura e interpretação de uma tirinha humorística.
Pediu para que um dos alunos fizessem a leitura e em seguida para que todos respondessem algumas questões interpretativas. Neste momento observou-se que a turma em geral apresenta dificuldades na interpretação de textos, em perguntas como por exemplo: Onde está o humor do texto?.
Nos momentos de dúvida a professora costuma fazer novamente a leitura pausadamente fazendo com que os alunos reflitam e cheguem a uma resposta. 

Segue um link sobre metodologia de alfabetização de jovens e adultos:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=13746

Estágio Eja - 13/05/2015


Observação e assistência

A professora demonstra ter um bom domínio dos conteúdos trabalhados, porém os alunos apresentam basteante dificuldade na realização das atividades, principalmente nas de língua portuguesa. Por isso a professora trabalha quase que diariamente com ditados de palavras como por exemplo: as que são escritas com S mas tem som Z ou as que são escritas com C mas tem som de S, e é aí que se encontram as maiores dificuldades de grande parte da turma. Após o ditado ela chama cada aluno individualmente e faz a correção nos cadernos.
A utilização de tirinhas e textos para serem interpretados pelos alunos também esteve bastante presente durante os dias de observação. O textos utilizados costumam ter relação com o cotidiano dos alunos.

Segue link do Programa Brasil Alfabetizado - do MEC:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=17457&Itemid=817

Estágio EJA - 12/05/2015


 Observação e assistência

O clima em sala de aula é bem descontraído e a professora dá bastante espaço para que os alunos exponham suas idéias. Alguns deles são bem comunicativos e outros bastante tímidos, como por exemplo um senhor que relatou que não voltou para escola antes por vergonha, pelo fato de não saber ler e escrever. Assim como pode-se perceber as inúmeras dificuldades que muitos daqueles alunos enfrentam quanto a questões como locomoção, cansaço por conta do trabalho, problemas familiares, baixa autoestima, insegurança, entre outros.
Chamou a atenção um aluno haitiano que está a cerca de três anos no Brasil e ingressou no EJA para aprender o português e encontrou naquela turma e na professora um certo acolhimento, segundo relato do próprio aluno e dos colegas.


Quando só os mestres tem o que falar não passa de um monólogo. Os jovens e adultos carregam as condições de pensar sua educação como diálogo. Se toda educação exige uma deferência pelos interlocutores, mestres e alunos (as), quando esses interlocutores são jovens e adultos carregados de tensas vivências, essa deferência deverá ter um significado educativo especial. (ARROYO, 2006, p. 35).  





Estágio EJA - 11/05/2015


Observação e assistência 


O estágio em Educação de jovens e adultos foi realizado em uma turma de segundo ano. A turma é bem diversificada, composta por 12 alunos com idades entre 20 e 50 anos de idade.
A maior parte da turma já está alfabetizada, sendo que dois alunos estão iniciando o processo de alfabetização.
A sala é arejada, possui aparelho de tv, ventilador e as carteiras e armários se encontram em bom estado.
Os recursos utilizados durante as aulas observadas foram o livro didático e alguns textos curtos e tirinhas. Os alunos que estão iniciando o processo de alfabetização utilizam um alfabeto móvel.
A receptividade por parte dos alunos e da professora foi excelente e já no primeiro dia pudemos contribuir prestando auxilio aos alunos com maiores dificuldades.

"A prática de pensar a prática é a melhor maneira de aprender a pensar certo. O pensamento que ilumina a prática é por ela iluminada tal como a prática que ilumina o pensamento é por ele iluminado" (FREIRE, 1978).



domingo, 24 de maio de 2015

Estágio Educação Especial - Estudo de Caso



Estudo de caso de um menino com Deficiência intelectual em uma classe especial de uma escola de ensino regular.



Introdução


A educação especial tem como objetivo possibilitar as crianças e jovens com necessidades especiais acesso e permanência na escola, garantindo a estes alunos apropriação ativa e crítica do conhecimento científico e possibilitando o desenvolvimento global de suas potencialidades.
A Política Nacional de Educação Especial, em consonância com as Diretrizes Curriculares Para a Educação Municipal garantem o acesso aos conteúdos básicos que a escolarização deve proporcionar a todos, distinguindo-se por oferecer atendimento de caráter transitório, assegurando a igualdade de oportunidades aos estudantes, de modo a promover a sua inserção gradativa nas classes comuns do Ensino Regular, de maneira efetiva. (MEC/SEE,2008).
O presente trabalho apresenta o estudo de caso de um aluno matriculado na classe especial de uma escola de ensino regular da rede municipal de Curitiba.
O aluno iniciou a vida escolar aos 5 anos de idade em escola especial e a dois anos ingressou nesta escola.  Hoje ele está com quinze anos de idade e a professora da classe estuda a possibilidade de no próximo ano encaminhá-lo para a uma classe regular.



Estudo de caso – Lorenzo Alves


O aluno Lorenzo Alves apresenta deficiência intelectual e faz uso de medicamento, pois apresenta comportamento agressivo.
Lorenzo recebe acompanhamento neurológico desde os cinco anos de idade. Segundo a avaliação diagnóstica do aluno seu desenvolvimento psicomotor e aquisição da linguagem ocorreram dentro da normalidade. Ele é teimoso, emotivo, ansioso se irrita com facilidade e tem dificuldade em tolerar frustrações.
Seu potencial intelectual é incompatível a média de sua faixa etária e apresenta comportamento de apreensão, dependência e conduta irritativa diante de desafios. Apresentou déficit nas atividades que exigiram coordenação visomotora e habilidade em usar conceitos numéricos abstratos.
            O aluno ingressou na classe especial há dois anos quando ainda não sabia ler e escrever. Hoje ele já está alfabetizado e em atividades de matemática o aluno realiza cáculos fazendo a contagem nos dedos ou risquinhos no caderno e consegue resolver contas simples de soma e multiplicação, porém na maioria das vezes só consegue realizar com a ajuda da professora pois fica impaciente diante de alguma dificuldade.
            Lorenzo apresenta humor instável, e em alguns momentos demonstra cansaço, sonolência, deixa o caderno e o livro didático de lado e se debruça na carteira. Segundo a professora esse comportamento se deve ao efeito do medicamento.
            A maior parte das atividades desenvolvidas em sala são realizadas no livro didático ou passadas no quadro pela professora e copiadas pelos alunos no caderno, porém estas tarefas muitas vezes parecem enfadonhas para Lorenzo. A professora diz que ele já está desmotivado pelo fato de ser o mais velho da turma. Segundo a visão dela seria o melhor para a aluno seria que no próximo ano ele fosse encaminhado para uma turma regular ou para a Educação de jovens e adultos.
Segundo Cristina Abranches Mota Batista e Maria Teresa Eglér Mantoan (2007), a deficiência mental não se esgota na sua condição orgânica e/ou intelectual e nem pode ser definida por um único saber. “Ela é uma interrogação e objeto de investigação de inúmeras áreas do conhecimento”.   
No caso do aluno Lorenzo, percebe-se que ele demonstra interesse em aprender, e colabora em algumas tarefas realizadas em sala de aula. Porém este aluno necessita de estímulo constante, pois demonstra uma certa insegurança na realização das atividades e uma certa impaciência quando encontra alguma dificuldade, além de se sentir desmotivado pelo fato de ser o mais velho da turma.



A Deficiência Intelectual

O termo deficiência intelectual é usado quando uma pessoa apresenta certas limitações de adaptação em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida do lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho). (Revista Nova Escola, edição especial nº 24, julho, 2009, p. 21).
É necessário que se observe que mesmo apresentando limitações, pessoas com Deficiência Intelectual mostram alternativas que sugerem o desenvolvimento de um novo olhar, principalmente nos aspectos relacionados à aprendizagem e ao seu desenvolvimento.

Deve-se ter em mente que o aluno com deficiência intelectual deve ter sua a idade cronológica respeitada, porque o que muitas vezes se presencia nas escolas e pesquisas é a valorização da idade mental do aluno. 


O diagnóstico na deficiência intelectual (mental) não se esclarece por uma causa orgânica, nem tão pouco pela inteligência, sua quantidade, supostas categorias e tipos. Tanto as teorias psicológicas desenvolvimentistas, como as de caráter sociológico, antropológico têm posições assumidas diante da condição mental das pessoas, mas ainda assim, não se consegue fechar um conceito único que dê conta dessa intrincada condição. (MEC, SEESP, 2006, p. 10).

Novas propostas de trabalho pedagógico diante da Deficiência Intelectual vêm sendo colocadas em prática, através das contribuições de documentos oficiais e profissionais que se dedicam a causa.   
Considerando que crianças com deficiência intelectual apresentam maiores dificuldades em assimilar conteúdos abstratos, é necessário que se faça a utilização de material pedagógico concreto, a fim de facilitar a construção do conhecimento do aluno e o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas.
A adoção de estratégias metodológicas como jogos e brincadeiras propiciam a aprendizagem através do concreto e de atividades práticas, que ajudam a criança refletir, analisar e interagir com os colegas e com o professor.     
Outra proposta seria a adoção de um currículo funcional. Este visa adaptar o currículo escolar para os alunos com deficiência intelectual, de modo a oferecer oportunidade para que o aluno aprenda habilidades importantes para torna-lo mais independente e produtivo.

Segundo GONZÁLES (2002), a necessidade de um currículo em que a flexibilidade, a abertura, a autonomia e a adequação configuram-se como os seus aspectos definidores. Em relação à educação especial, um currículo delineado por essas características deverá:

- Contemplar as necessidades educativas dos alunos;
- Dar atenção à diversidade na aula; 3. Estimular a heterogeneidade;
- Favorecer a individualização e a socialização do ensino;
- Potencializar processos de colaboração reflexiva entre os profissionais;
- Desenvolver intervenções pedagógicas para os alunos com necessidades educativas especiais em uma dimensão mais cognitiva;
- Adaptar o currículo às necessidades educativas dos alunos.
As estratégias e metodologias utilizadas pelo professor são muito importantes para o caminho da qualidade do ensino aprendizagem, através da utilização de vários instrumentos, habilidades cognitivas e critérios avaliativos, o professor pode avaliar a aprendizagem dos seus alunos de forma dinâmica, respeitando o processo de construção de significados de cada um.


Conclusão

É importante lembrar que não se pretende aqui ditar atitudes erraras ou corretas de a serem tomadas em relação ao trabalho com alunos com deficiência intelectual. Porém foi apresentado aqui um caso específico que pode ser utilizado como referência para um reflexão sobre o longo caminho que temos a percorrer no que diz respeito ao desenvolvimento e a aprendizagem desses alunos.
Nós como educadores devemos promover um ensino significativo para todos, portanto devemos buscar nos renovar a cada dia, visando melhorar cada vez mais nossa prática de modo a garantir a esses alunos uma aprendizagem mais significativa.
            Através da observação foi possível notar que ainda existe uma grande dificuldade por parte do aluno na realização das atividades sem a presença constante do professor, e também por parte do professor em manter o aluno estimulado na realização das mesmas.
            Sabe-se também que quando Lorenzo for para uma sala de ensino regular não contará com a presença de um professor com formação especializada, pois a professora da classe especial é a única na escola que possui especialização. Portanto será mais um desafio para ambas as partes.
            Para finalizar esta reflexão, acredita-se que para um resultado produtivo é necessário a presença de profissionais especializados e a utilização de metodologias que sejam adequadas as necessidades do aluno com deficiência intelectual.



Referências:

BATISTA, Cristina Abranches Mota & MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Educação Inclusiva: atendimento educacio­nal especializado para a deficiência mental. Brasília: MEC/SEESP. Brasília/DF, 2005.

Educação Inclusiva: atendimento educacio­nal especializado para a deficiência mental. [2. ed.], Brasília: MEC/SEESP, 2006

GONZÁLEZ, J. A.T. Educação e Diversidade: Bases Didáticas e Organizativas. Trad. Ernani rosa. Porto Alegre: ARTMED, 2002.

REVISTA NOVA ESCOLA, São Paulo – SP: Fundação Victor Civita, edição especial nº 24, julho, 2009.


BRASIL, Ministério da Educação / Secretaria da Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008.






































sexta-feira, 22 de maio de 2015

Estágio Educação Especial - Caracterização da escola


Caracterização do Espaço pedagógico


Identificação da unidade escolar

A escola oferece as modalidades de ensino: Integral, regular e educação especial
Níveis:Educação Infantil e ensino Fundamental

 Integral:
Os responsáveis que optam por essa modalidade de ensino têm à sua disposição 120 vagas para o período das 08 às 16 horas e 150 vagas para o período das 09 às 17 horas. Esses educandos permanecem por 8 horas em nossa escola, subdivididas em 3 horas nas oficinas do Complexo II, 4 horas de atividades no Complexo I e 1 hora de almoço, sendo que a escola adota a modalidade de aluno integral inserido no ensino regular.

Regular:
Os responsáveis que optam por essa modalidade de ensino têm à sua
disposição 380 vagas no período da manhã – das 08 às 12 horas - e 380 vagas para o período da tarde – das 13 às 17 horas. Nesse período de 4 horas realizam as atividades no Complexo I, apenas do ensino regular, nas modalidades educação infantil e ensino fundamental de nove anos.
Caracterização da Clientela Escolar:
A escola atende os alunos dentro da faixa etária de quatro a cinco anos para o Pré-escolar e de seis aos dez anos para o Ensino Fundamental de nove anos
A instituição conta com uma sala destinada a crianças com Necessidades Educacionais Especiais, com 10 vagas para o período da manhã, no horário das 08 às 12 horas. Para que possa ser matriculado nessa modalidade de ensino, o aluno precisa passar por Avaliação Diagnóstica Psicoeducacional com indicativo para Classe Especial, que tem suas diretrizes curriculares considerando o respeito às diferenças e dificuldades individuais.

 Articulação da Instituição com a comunidade

A escola foi inaugurada em 1983 e está localizada no bairro Cidade industrial de Curitiba, com população de 157.461 habitantes e renda média mensal dos responsáveis pelos domicílios de 4,23 salários mínimos, de acordo com dados censitários levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo Demográfico de 2000. De acordo com o Caderno de Resultados de Desempenho da Rede Municipal de Ensino de Curitiba - Prova Brasil 2005, a escola atende não somente a clientela de seu entorno, como também a um público que ultrapassa os limites do bairro, visto sua educação de caráter integral. Em levantamento de dados por meio de questionário enviado aos pais, em uma amostragem de 25% do total de alunos matriculados, 63,8% das famílias tem apenas um filho matriculado nessa escola, 25,5% tem dois filhos matriculados e 5,5% tem três ou mais filhos matriculados. 56% dos alunos residem com seus pais, 30% apenas com a mãe, 5,5% apenas com o pai e 5% com os avós. Recebem o Benefício do Bolsa –Família 14,5% dessas famílias. A maioria dessas famílias é composta por quatro pessoas (30,5%), seguida de famílias com cinco integrantes (19,4%), 17,22% são compostas por cinco ou mais pessoas e apenas 3,88% por duas pessoas. A religião praticada por 51,6% das famílias é a Católica, seguida pela Evangélica – 49,4%.Como fonte de lazer a grande maioria das famílias (66,6%) costuma visitar parentes ou amigos. Quanto ao grau de instrução, 25% dos responsáveis têm o ensino fundamental completo e 23% o tem incompleto. 22,22% tem o ensino médio completo e 14,44 % tem o ensino médio incompleto. 1.6% tem o ensino superior completo e 5,5 % tem o ensino superior incompleto. 7,7% não se pronunciaram. No entorno da escola há um comércio variado, de pequeno e médio porte, que atende à demanda da comunidade no que diz respeito a panificadoras, açougues, mercados, lojas de roupas, calçados e móveis, além de prestadores de serviços e Clínicas Médicas e Odontológicas particulares. Nos fundos da escola há um bosque de livre acesso a toda a comunidade, que também conta com praças equipadas com brinquedos e canchas esportivas para os momentos de lazer. A escola possui doze (12) salas de aulas utilizadas para turmas e laboratório de informática, com 19 equipamentos. Conta, no ano de 2006 com 692 alunos matriculados, dos quais 121 na Etapa Inicial; 275 no Ciclo I; 279 no Ciclo II; 10 em Classe Especial. Para as turmas do Pré-escolar a escola conta com 2 salas adaptadas à faixa etária, além de jogos e material complementar adequado ao trabalho pedagógico. Todas as salas do Complexo I são equipadas aparelhos Microsystem e com televisores interligados e conectados a vídeo e DVD. Para Classe Especial há uma sala especialmente adaptada a essa função, equipada com os equipamentos já citados, além de jogos e materiais complementares. Para o atendimento aos portadores de Necessidades Especiais a escola conta com rampas de acesso aos pátios e suas salas de aula são niveladas, sem degraus de entrada, além de possuir um banheiro adaptado. Quanto à Educação Infantil a escola precisa adequar banheiros (masculino e feminino), possuindo duas salas de aula com mobiliário adequado à idade.


 Proposta pedagógica

O currículo deve envolver a totalidade dos conhecimentos, articulando as áreas do conhecimento, de forma que o aluno possa visualizar a realidade, como uma rede que facilite as aprendizagens e possa propor soluções aos problemas que a ele se apresentem. Práticas e saberes devem se articular e complementar para se efetivar a aprendizagem. A organização desse currículo é ponto de partida e resultado das relações 33 de troca, investigação e integração entre as áreas, que cooperam para a formação humana em todas as suas dimensões, e relacionada intimamente com o social, cultural, político, econômico, ético, étnico – racial e histórico em que vive o aluno. Partindo desses princípios esse aluno poderá desenvolver habilidades, conhecimento e competências que lhe permitam analisar, refletir e atuar na realidade em que está inserido, buscando não apenas conhecê-la, mas também transformá-la.

 Objetivos Gerais da Educação Especial

· Possibilitar o acesso e a permanência na escola de crianças e jovens com necessidades especiais, garantindo aos mesmos a apropriação ativa e crítica do conhecimento científico.
· Possibilitar o desenvolvimento global das potencialidades do aluno, atendendo aos princípios gerais da Política Nacional de Educação Especial, em consonância com as Diretrizes Curriculares Para a Educação Municipal de Curitiba. 42
· Garantir o acesso aos conteúdos básicos que a escolarização deve proporcionar a todos, distinguindo-se por oferecer atendimento de caráter transitório.

· Assegurar a igualdade de oportunidades aos estudantes, de forma a promover a sua inserção gradativa nas classes comuns do Ensino Regular, de maneira efetiva.

Estágio - Educação Especial 31/03/2015


Observação e assistência - Classe especial

Realizar o estágio em educação especial foi enriquecedor, pois  possibilitou o contato com uma realidade até então desconhecida, proporcionando uma aprendizagem bastante significativa que será levada como experiência para o futuro exercício da profissão. 
A professora se mostrou bastante compreensiva e sempre pronta a esclarecer quaisquer dúvidas em relação aos alunos e as atividades realizadas em sala.
Através da observação foi possível perceber que ainda são muitos os desafios enfrentados tanto por parte do professor quanto por parte do alunos, possibilitando uma reflexão sobre como buscar formas de propiciar uma aprendizagem mais significativa dessas crianças e criar novas condições para que elas façam suas descobertas.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Estágio - Educação Especial 30/03/2015


Observação e Regência - Classe Especial

Durante esta semana de estágio foi possível observar que a professora tem um bom relacionamento com os alunos, domínio sobre os conteúdos trabalhados em sala de aula, possui uma boa comunicação e demonstra bastante paciência e carinho pelos alunos. Porém pode-se perceber que houve pouca realização de atividades mais dinâmicas onde se pudesse vivenciar o concreto, e o uso diário e quase que do começo ao final da aula do livro didático deixa os alunos um pouco desmotivados. Estes em alguns momentos reclamavam de cansaço.


Segue link de site com estratégias e sugestões de atividades para alunos com deficiência intelectual: https://jucienebertoldo.wordpress.com/2013/03/24/estrategias-e-sugestoes-de-atividades-para-alunos-com-deficiencia-intelectual/

sábado, 16 de maio de 2015

Estagio - Educação Especial 27/03/2015



Observação e Assistência - Classe Especial

A professora relata que não costuma receber apoio de equipe pedagógica para a realização do planejamento ou recursos didáticos. Ela desenvolve planejamento, avaliação tudo sozinha e passa para as pedagogas.

Esta professora é a única na escola que possui formação em educação especial, mas em alguns dias da semana conta com o auxilio de outra professora para acompanhar o aluno que realiza atividades diferenciadas do restante da turma.

Segue abaixo link das Diretrizes Nacionais Para a Educação Especial.


Estágio - Educação especial 26/03/2015


Observação e regência - Classe especial

A relação dos alunos entre si, no geral é tranquila. Apesar de alguns apresentam condutas típicas e algumas vezes entrarem em conflito  a professora tem um bom domínio para contornar estas situações.
Foi possível notar também que na maior parte do tempo eles se ajudam na realização das tarefas, e até em cuidados, principalmente com  aquele menino que tem mais dificuldades e é o mais novo entre eles. Num momento de aula de ciência no espaço externo da escola uma aluna ficava sempre cuidando dele, quando ele corria ela ia atrás e o segurava pela mão.
A professora incentiva os alunos na questão do respeito, cooperação e cuidado com os colegas. 

Segundo Piaget apud La Taille (1992, p. 61):
O aspecto afetivo em si, não pode modificar as estruturas cognitivas embora, ele possa influenciar na mudança das mesmas, não existem estados afetivos sem elementos cognitivos, assim como não existem comportamentos puramente cognitivos. Nessa perspectiva o papel da afetividade é funcional na inteligência. Ela é a fonte de energia de que a cognição se utiliza para seu funcionamento.


Estágio - Educação Especial 25/03/2015


Observação e assistência - Classe especial

Foi possível observar que a relação da professora com os alunos é muito boa. Pois apesar de alguns se mostrarem um pouco agressivos em determinados momentos, ela sempre consegue acalmá-los e eles a respeitam muito.
A professora fala sempre olhando nos olhos, e nota-se que ela tem um grande afeto por eles. É carinhosa e os alunos retribuem com atenção. Abre espaço para que eles se expressem e procura relacionar os conteúdos trabalhados com coisas do cotidiano, como por exemplo: trazendo questões que envolvem cidadania, sempre enfatizando o respeito ao colega, os cuidados com o material escolar, o não desperdício do lanche, etc.
Nota-se que o relacionamento é um fator primordial para o envolvimento dos alunos nas atividades realizadas em sala.

Abaixo mais uma dica sobre deficiência intelectual: Ralidade e Ação.

Estágio - Educação Especial 24/03/2015


Observação e assistência - classe especial

Os alunos encontram-se em diferentes níveis de aprendizagem . Cerca de metade da turma já está alfabetizada. Outros ainda em fase de desenvolvimento da escrita e leitura. Um aluno que está começando a reconhecer as letras agora e apresenta uma leve dificuldade motora.
A professora relata que está com esta turma a 2 anos, e quando eles chegaram ainda sem saber ler e escrever.
Ela utiliza diariamente um livro didático de nível de segundo ano e a maioria consegue desenvolver as atividades, porém alguns necessitam de maior auxílio e levam mais tempo na realização das tarefas.

Apenas para este aluno, que apresenta maiores dificuldades, as atividades são diferenciadas. Enquanto o restante da turma faz as atividades do livro, ele realiza atividades como: encontrar e recortar em revistas letras que a professora escreve no caderno, pintar desenhos ou jogo da memória. Porém ele necessita de acompanhamento individual o tempo todo, por que se distrai com muita facilidade. A professora fala bem pausadamente e olhando nos olhos para que ele entenda o que ela está propondo.

Segue abaixo um link da revista Nova Escola sobre formas criativas para estimular a mente de alunos com deficiência intelectual.

Estágio - Educação Especial 23/03/2015


Observação e assistência - Educação especial

A turma estagiada é de uma classe especial de uma escola Municipal de ensino regular. O atendimento se dá somente no turno da manhã e conta com uma professora regente e outra professora que auxilia em alguns dias da semana.
A turma é composta por 12 alunos com idades entre onze o quinze anos de idade.
Nesse primeiro dia de estágio foi possível observar que o espaço físico da classe é como o de uma sala de aula comum. Não existe nenhum tipo de adaptação diferenciada.
Segundo relato da professora não existe material adaptado, ela utiliza o que tem fazendo as adaptações de acordo com as necessidades dos alunos. São utilizados materiais como: ábaco, material dourado, jogo da memória e outros materiais encontrados em turmas não especiais.
A sala é limpa e iluminada e as carteiras são organizadas em fila, como nas outras salas.
A recepção tanto por parte dos alunos como da professora foi boa, e foi possível contribuir prestando assistência aos alunos com maiores dificuldades.


A aproximação da realidade possibilitada pelo estágio supervisionado e a prática da reflexão sobre essa realidade tem se dado numa solidariedade que se propaga para os demais componentes curriculares do curso, apesar de continuar sendo um mecanismo de ajuste legal usado para solucionar ou acobertar a defasagem existente entre conhecimentos teóricos e atividade prática. (VASQUEZ, 2001,p.241).